segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Maquiagem: um complemento ou uma muleta?

No mundo feminino, sempre encontro-me com uma questão: para quê tanta maquiagem?
Assim que acordo, tomo banho, escovo os dentes, visto-me e vou para o trabalho, simples assim. Mas não é com todas as mulheres dessa forma, muito pelo contrário.
Muitas delas acordam, tomam banho, fazem escova no cabelo, passam aquela chapa fervendo ( que frita até os miolos! ), maquiam-se até parecerem outra pessoa.
Ok, algumas têm consciência e passam uma maquiagem leve, aquela famosa tirada de olheira e “ dar uma corzinha” ao rosto.
Porém, há aquelas que carregam tanto que nem é possível ver como são realmente! Que cor tem seus olhos, a cor da pele, o tamanho real de seus cílios.
Procurando uma resposta, fiquei pensando e imaginei que fosse para chamar a atenção dos homens ( uma boa possibilidade, né? ). Mas conheço muitos homens que concordam comigo, argumentando que quanto mais natural, melhor.
Já até escutei o seguinte comentário: “eu conheci uma gata na balada, saímos juntos depois, mas quando acordamos no dia seguinte, até pensei que tivesse com outra!”
Portanto, continuei com a minha dúvida, até que algo passou: e a vaidade? E o medo de não ser aceita em seu meio social, da forma como é? E a disputa com outras mulheres, tão mais bonitas e tão mais atraentes?
È...percebi então que a questão era muito maior que a do início...
A vaidade sempre existiu, a necessidade de estar inserido na sociedade e de ser bonito também... porém, ultimamente esses valores tem crescido a cada dia.
As pessoas estão “ perdidas” com tantas informações, estão solitárias em suas casas, fazem dietas absurdas para terem aquele corpo-modelo desejado por todos, fazem plásticas até nos cílios dos olhos ( por pura estética ), entre tantas loucuras, tudo em prol, em um primeiro momento, de uma melhora no visual.
Analisando os fatos, percebe-se que o propósito é muito maior e complexo, pois a real necessidade é a busca da felicidade, é a de preencher algo, já que o vazio interno é grande, por isso essa corrida desenfreada atrás de um “ não sei o que”.
Essa é uma questão bem problemática, pois há estudos de psicólogos que se preocupam com o fato dos antidepressivos serem utilizados indiscriminadamente, muitas vezes até sem prescrição médica, ou até mesmo por recomendações exageradas; e dos casos absurdos que aparecem em seus consultórios.
Dessa forma, fica claro que as pessoas não conseguem lidar com seus próprios problemas, sentem-se sozinhas, vazias, “sem-rumo” acarretando na insegurança de si mesmas.
Para resumir, após essa análise, percebi que a maquiagem não é apenas um complemento, mas principalmente uma muleta, algo que as pessoas necessitam se apegar para tornarem-se “ mais gente ”, diante desse mundo tão disputado, com tantas diversidades, tão solitário e com padrões de vida que até enlouquecem.

2 comentários:

  1. mi, a vantagem de um cabelo bandido (se não está armado, está preso) é não precisar de guarda-chuva!!! rss
    acho q um rimel e um blushzinho de leve não faz mal a ninguém... mas realmente seria mais interessante se as pessoas "se maquiassem" mais por dentro: fazendo o bem, despejando energia positiva, respeitando o próximo e descobrindo que a felicidade não está na cara fake de barbie, mas sim nas coisas simples e sem maquiagem da vida. assim, de cara limpa ;]

    bjos

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  2. Dé, gostei da expressão: "cara fake de barbie"! Eu gosto de um lápis no olho ( acho q ressalta o olhar ), mas só! Qdo se usa mta maquiagem, eu acho q acaba padronizando mto ( rosto lisinho, com bochechas rosas, olho pesado com lápis e rímel, boca colorida... ). Fica tudo mto perfeitinho e ai torna-se artificial.
    E concordo demais na simplicidade da vida! É mto bom, né?

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