A ONG Doutores da Alegria comemora hoje sua maioridade!

No dia 28/09/2009, a ONG Doutores da Alegria comemora seus 18 anos de fundação. Além de visitas a hospitais, essa ONG, criada por Wellington Nogueira - que conta hoje com um elenco de palhaços que atua em São Paulo, Recife e Belo Horizonte - também desenvolve espetáculos, cursos, palestras, debates e sessões de cinema para a população. E ainda possui cerca de 250 grupos semelhantes, inseridos no programa Palhaços em Rede, que inclui oficinas de orientação gratuitas.
Dentre as diversas comemorações, há a abertura de um novo espaço, o qual contará com uma sala multimídia, salão para cursos e eventos, midiateca, e também uma loja com produtos especializados. Juntamente, poderá ser encontrado livros, teses, relatórios, folhetos, revistas, projetos, vídeos, fotos, cartazes, artigos de jornais, dentre outros documentos produzidos e/ou coletados pelo Doutores, na rua: Alves Guimarães, 73, Pinheiros e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.

Curso básico de mídia

Terça-feira as palestras ficaram por conta da Ana Lúcia Guedes novamente e do João Oliver – McCann.
Ana continuou o assunto do dia anterior e ressaltou a questão da audiência, que é a base das medidas de mídia. Apresentou duas delas:
- audiência domiciliar: refere-se a um número de domicílio
- audiência target: refere-se a um número de target.
E também seu perfil, dizendo que a penetração ( termo mais utilizado no meio Jornal e Revista ) é a quantidade de pessoas ou domicílios que são atingidos por qualquer meio/veículo. Pode-se considerá-la para o total da população ou por característica sócio-econômico, demográfica ou qualquer outra característica.
Mostrou que a afinidade é o coeficiente entre o percentual de participação de um target e o percentual de participação na população ( ou target de referência ). O resultado representa o grau de afinidade, o que é igual a quanto maior que 100, maior participação no target.
E acrescentou com o mecanismo da mídia digital, primeiramente taxando alguns termos:
- Unique Visitors: número total de pessoas que foram expostas a determinada ação, página.
- Visitas: número de vezes que um mesmo visitante entrou na net.
- Page Views: número total de páginas vistas por pessoa.
- Impressões: número total de vezes que a publicidade foi exibida.
Dessa forma, na internet, a compra é feita por impressões ( mês, dia, horas... ) e também há compensações, caso ocorra algum problema na veiculação.
João Oliver acrescentou com os detalhes dos processos do Ibope relacionado à audiência, especificou a utilização do aparelho People Meter, utilizado nos domicílios previamente pesquisados e selecionados, e suas funções.
Na quarta-feira, os dois horários ficaram por conta de João Oliver novamente, o qual explicou as audiências de rádio e internet. A de rádio, infelizmente, eu acabei perdendo, já que cheguei atrasada por conta do trânsito ( coisas de SP... ). Mas assisti muito bem a parte em que ele apresentou como se mede a audiência da Internet. Não é com um aparelho, como ocorre em TV, mas é um software, o qual capta as informações necessárias ( quais sites, páginas e programas estão sendo utilizados pelo usuário, por quanto tempo e etc ), mas não tem acesso a senhas. Esses dados todos vão diretamente para a central Nielsen, que fica nos EUA. Em seguida, são enviados ao Ibope que repassa ao cliente.
João especificou também as ferramentas utilizadas para se obter um bom e eficaz planejamento de mídia.

Curso básico de mídia

Essa semana, na parte da noite, estarei em curso no Grupo de Mídia. O assunto de todas as palestras será: Mídia. Portanto, sempre que possível, postarei algumas idéias que foram apresentadas.
Ontem assisti a duas palestras, a primeira com Ângelo Franzão Neto – presidente do GMSP. A segunda, por Ana Lúcia Guedes – Borghierh Lowe
Através dos conceitos mostrados, formalizei em um texto as noções básicas desse departamento tão importante para o sucesso de uma marca.
A mídia proporciona a conversão de espectadores em consumidores da marca, e tem uma visão holística. Vem crescendo no Brasil, e prova disso, é o estreitamento que surge entre ela e a criação. Há, até mesmo, concorrências que quem ganha a mídia, ganha a criação, ou seja, houve uma “ inversão” no processo.
A primeira coisa a se pensar, é que para um anúncio ser veiculado, ele precisa estar nos padrões do CENP e do CONAR, órgãos responsáveis pela liberação ou não da mídia - ou até mesmo retirá-la do ar - fundamentado em regras, as quais impõe limites à criação.
Dessa forma, o criador e a mídia devem se atentar e seguir rigorosamente as regras impostas, pois, caso contrário, sofrerão punições.
Abriu-se uma discussão sobre o desaparecimento da mídia, por conta dos avanços e transformações tecnológicas, mas ficou bem claro que isso não ocorrerá, já que a mídia também se transformará e se adaptará às novas tecnologias. Assim, novos canais de comunicação surgem e superam os anteriores.
Para ficar mais claro o procedimento por inteiro ( cliente – agência – divulgação ), segue abaixo o fluxograma da comunicação:
O cliente procura uma agência para divulgação ( com a finalidade de aumentar suas vendas ) e com um grupo integrado ( criação, planejamento e mídia ), a agência montará o planejamento estratégico, o qual divide-se em dois: Estratégia Criativa e Estratégia de Mídia.
Nesse momento, falarei apenas sobre as estratégias de mídia:
- Delimita-se o planejamento, o público-alvo, os mercados, a concorrência, a penetração dos meios, a sazonalidade da marca, os objetivos da mídia, entre outros.
- Deve-se extrair formas técnicas para promover as informações através de pesquisas, as quais podem ser adquiridas por empresas especializadas, como: Ibope, Ipsus Marplan, IVC, TGI, Data Folha, e etc. Ou, dependendo da verba, pode ser feita pela empresa mesmo, através de entrevistas na rua, com vizinhos, parentes e até consigo mesmo, lembrando sempre de imaginar quem é o consumidor.
- Deixando claro que a tabela de preço é apenas uma referência, sem se esquecer da execução, monitoramento e avaliação, que são fundamentais, aqui também entra a negociação, a qual divide-se em três:
1- Categoria
2- Marca
3- Mercado

Dessa forma, os profissionais da mídia, após coletar as informações básicas e fundamentais, formarão o melhor planejamento possível para o cliente, atentando-se à verba existente e viabilizando uma maior rentabilidade com a escolha certa dos veículos que transmitirão a publicidade.

IBOPE - excelência na área de mídia

Hoje, pela manhã, fiz um interessante curso no Ibope. Não somente voltado a aprendizados e facilitações para meu cotidiano no trabalho, foi ótimo também para conhecer um pouco mais sobre a utilização da TV pela publicidade brasileira.
Além da parte teórica, como a diferenciação entre vinheta com/sem patrocínio; chamada com/sem patrocínio; merchandising, apresentaram as diversas formas de se veicular uma propaganda nos canais televisivos; o processo desde o início até o final que ocorre no próprio Ibope, e também como se contabiliza a audiência.
Abaixo segue um esquema resumido:

- Publicidade Normal: tradicional, com duração padronizada , dentro de intervalos comerciais ( break ).
- Publicidade Normal Exclusiva: quando há a veiculação de um único anunciante dentro de um break.
- Chamada sem patrocínio: anuncia programas e eventos especiais, sempre fora do programa.
- Chamada com patrocínio: promove programas e eventos, também fora do programa.
- Vinheta sem patrocínio: identifica cada programa em sua abertura, no break ou em seu encerramento. É sempre no próprio programa.
- Vinheta com patrocínio: identifica um evento de curta duração que geralmente possui formato jornalístico e não está previsto na grade da emissora. É sempre ao vivo.
- Vinheta com patrocínio – Boletim: identifica um boletim, ou seja, uma transmissão sobre um evento que está acontecendo ou acontecerá posteriormente ( é o mais comum ). E quando este passa de 3 minutos, é considerado um programete.
- Top: contagem regressiva dos segundos que antecedem a exibição de um programa. E também é utilizado para alinhar, todas as regiões do país, numa mesma programação.
- Bumper: pode ser exibido no decorrer de um programa, como também pode preceder a abertura de um programa. Mostra cenas/cenário do programa com a imagem do produto patrocinado.
- Promoção com cota: promove um evento com patrocínio e/ou oferecimento, como se fosse um “rabicho” montado a parte no comercial. É composto pelo evento e patrocinadores ( têm duração de 5 segundos ).
- Promoção: promove a divulgação de um evento, que pode ser social, esportivo, político e etc, com a participação de um ou mais patrocinadores.

O Ibope é de extrema importância para as agências de publicidade, aos veículos e também aos anunciantes ( estes três são seus clientes). Portanto, possuem uma ampla e organizada estrutura de trabalho interno e também para visitações ( como a que fiz hoje ). Dividem-se em departamentos:
- Programação
- Cadastro de Produtos
- Pesquisa
- Produção
- SAC
- Audiência

O setor de audiência é o mais que mais se escutar falar dessa empresa e seu processo é feito da seguinte maneira:
1- Levantamento sócio-econômico;
2- Seleção de amostra
3- Contratação de domicílios. Não há remuneração, nenhuma troca de favores e nem de presentes, ou seja, é totalmente voluntário.
4- Instalação do People Meter ( aparelho que fará a interligação do domicílio com o Ibope )
5- Treinamento com os voluntários
6- Coleta e validação dos dados
7- Processamento e controle de qualidade
8- Entrega da informação ao cliente.

Através desses processos todos, o Ibope apresenta sua responsabilidade e consequentemente a credibilidade que conseguiu construir e manter a sua excelência na área de mídia.

Ontem à noite, ao observar uma flor, ressurgiu uma paixão em mim que estava adormecida: a biologia.
Sempre me interessei pelos nomes e os porquês dos processos da natureza ( tanto em animais quanto em vegetais ), principalmente à partir do momento que tive aula no colegial com o professor Fernando, o qual muito me ensinou!
Como não ouvia falar de uma gimnosperma, angiosperma, musgo, desde o término de meu cursinho, acabei me esquecendo de muitas coisas.
Dessa forma, fiquei instigada a pesquisar e relembrar os nomes, os processos e as reproduções.
Por isso hoje, logo pela manhã, li diversos livros de biologia. E, através deles, relembrei também como essa matéria é interessante....
Abaixo segue um esquema, bem resumido, do que encontrei:

- Briófitas: Por não possuírem vasos condutores de nutrientes, são de pequeno porte e vivem em locais úmidos e sombreados.
Possuem três estruturas: rizóides, caulóide e filóides.
Sua reprodução é composta por duas fases: uma sexuada e outra assexuada ( produção de esporos )
Na sexuada há a produção de gametas ( essa fase denomina-se gametófito, o qual, geralmente, tem sexos separados ). O feminino denomina-se oosfera e o masculino, anterozóide.
Ex: musgos e hepáticas

- Pteridófitas: foram as primeiras plantas a apresentaram sistema de condução de nutrientes, possibilitando o surgimento de portes maiores.
Possuem raiz, caule e folha.
Sua reprodução também é composta por duas fases.
Ex: Samambaias, Xaxins e Selaginela

- Gimnospermas: são plantas que vivem, geralmente, em ambiente de climas temperado ou frio.
Com raízes, caule e folhas, apresentam uma diferenciação: os estróbilos ( ramos reprodutivos com folha modificada ).
Possuem sementes - uma estrutura com três “funções”: “casa”, um embrião e reserva de substância que será usada pelo embrião para a sua germinação.
Uma planta pode apresentar tanto o sexo feminino ( estróbilo maior ), como o masculino (estróbilo menor ) - com exceção do “ Pinheiro-do Pará”, o qual apresenta apenas um tipo de sexo.
Ex: Araucárias e pinheiros.

- Angiospermas: representa o grupo que possui fruto envolvendo a semente. É o maior em número de espécies.
Possuem raízes, tronco e folhas.
Cada flor é um sistema de reprodução. Nela, encontra-se a estrutura masculina ( androceu ) e a feminina ( gineceu ).
O fruto surge da estrutura do ovário da flor. Sua função é proteger a semente e facilitar a dispersão.
Ex: Macieira, mangueira e goiabeira.

Além da revolta, coragem!

Em dezembro de 2008, o ex presidente dos Estados Unidos George W. Bush, durante uma entrevista coletiva, levou sapatadas do jornalista iraquiano, Muntazer Al-Zaidi. Tal ato não representa apenas uma agressão física, mas também é de extrema humilhação, já que para os muçulmanos o sapato é considerado imundo.
O agressor foi condenado a 3 anos de cadeia, porém após 9 meses fora libertado por ser réu primário e apresentar bom comportamento.
A atitude teve uma repercussão mundial e imagino o quanto esse agressor sofreu por conta das torturas nesses meses todos e até mesmo se não gerou algum problema físico sério. Por isso o considero um homem de coragem! Pois com certeza já sabia das consequências nada boas que viria a enfrentar na prisão.
Por conta de sua coragem, ganhou uma casa nova ( concedida pela TV Al-Baghdadia, um carro ( doado por um benfeitor anônimo ), plano de saúde, dinheiro arrecadado por admiradores, além das propostas de casamento!
Dessa forma eu me pergunto: valeu a pena?
E logo respondo: depende da intenção dele.
Se foi para chamar a atenção, obteve sucesso!
Se foi para acertar realmente, foi um mal sucedido, pois incrivelmente, o presidente conseguiu desviar dos dois sapatos!
Se foi por um puro desabafo, é relativo, pois após liberar sua fúria, veio logo a prisão e a violência.
Enfim, há diversas explicações e visões do ato em si e de suas conseqüências. Ainda não satisfeita, me indaguei com outra questão: e se a moda pegasse no Brasil???

Palmas à economia!

Logo de manhã, assistindo a um telejornal, escutei uma matéria falando sobre os cuidados que se deve ter com as doenças. Apresentaram relatos sobre o medo dos homens referente ao exame da próstata, sobre os problemas cardiovasculares e também o crescimento da depressão no Brasil.
Contudo, o que me surpreendeu realmente foi quando escutei: “a depressão, além de um problema de saúde efetivo, traz danos à economia, pois o doente produz menos, causando um buraco na produção....”
Minha vontade era de suspender comentários, mas não consegui!
Já sabemos que muitos políticos são descompromissados com os problemas da população, visando o bem de si próprios, causando um esquema de corrupção, enfim, temos diversos problemas na administração de nosso país. Porém, diante de uma afirmação jornalística tão mesquinha, eu me pergunto: Como é que a economia de um país pode “ crescer” se não existe ao menos o respeito?
Já está mais que comprovado que depressão é uma doença e precisa ser curada, mas a ajuda pública não colabora! Ridicularizam uma situação de calamidade, em que pessoas se acabam por falta de mínima estrutura da saúde mental, a qual é descartada como se não existisse e não fizesse a mínima diferença. Mas para mandar o povo trabalhar e produzir cada vez mais para aumentar a economia, isso sim eles estão afiadíssimos!
Portanto, peço que batam palmas à nossa querida economia ( que, se nós colaborarmos com nosso “suor” irá crescer, se Deus quiser! )

Aos machistas de plantão

Ontem à noite presenciei uma cena horrível: uma mulher dando pauladas em um homem.
No início, eu não havia entendido o que aquela criatura fazia com um pedaço de pau na mão...até que começou a atacar um rapaz que com ela se encontrava.
Não sei qual o motivo para tal ação, porém, independentemente se o agredido “ merecia” apanhar, o fato é que a violência foi tanta que me chocou e além da sensação terrível de se ver alguém violentando outra pessoa, fiquei ainda mais horrorizada com a atitude dos pedestres em volta: nada faziam! Ou melhor, olhavam, apenas!
Como assim? Você vê alguém sendo violentado tão absurdamente e nada faz? E se fosse o contrário? E se fosse a mulher que estivesse apanhando?
Sem sombra de dúvida, homens apareceriam, tomariam o pau do agressor, o qual passaria a ser agredido por todos.
E então por que ninguém ajudou o homem agredido?
Machismo, é o que penso. A mulher, sexo frágil, é uma coitada, fraca, e portanto precisa ser protegida; enquanto que um homem, macho, forte e durão consegue se defender sozinho. Mesmo, sem nada nas mãos, levando pauladas de uma louca e ainda precisando desviar-se dos curiosos em volta.

Angola eeeee, Angola aaaa....

Ao toque do berimbau, batidas do atabaque, repiques do pandeiro e do agogô, seguimos com o nosso jogo.... jogo lindo e cativante, o qual mexe com a gente por dentro. Como posso explicar? Bom, é aquilo que sentimos dentro do peito, como se fosse aquela a energia que faz o coração funcionar.
Sentir as limitações de seu corpo, ou até mesmo transcender-se é algo inexplicável... é uma sensação única!
Ataques, recuos, mandingas, malandragens, medo, confiança, cuidado são alguns dos elementos essenciais de uma roda. Sem se esquecer, é claro, do olho-no-olho! Não podemos nunca perder a atenção do outro e do que ocorre em nossa volta.
Estar preparado para qualquer lance também é fundamental. Caso contrário, uma rasteira pode lhe derrubar! Assim como uma tesoura, ou uma chapa, pode vir contra você. E ai já era....
Acho uma pena não me sobrar tempo para poder continuar com minha tão querida capoeira.... mas tenho como meta: farei o possível para arranjar qualquer meia hora e fazer essa atividade maravilhosa!

Superando ( ou reprimindo ) nossos instintos.

Como é difícil não misturar sentimentos com deveres... já senti isso na pele e digo que não é nada fácil mesmo!
Sabe aquele dia que você não quer ver ninguém, quer apenas ficar quietinho em um canto? Porém tem que ir trabalhar, ficar com pessoas a sua volta, muitas vezes até mesmo te perguntando “o que aconteceu...?”
Ou então aquela vontade de chorar justo naquele momento em que não se pode... o peito chega a doer, de tanto que se segura! E ai você engole, a seco, aquele nó da garganta....
Ou o contrário, aquele momento de silêncio, em que não se escuta nenhum ruído e, de repente, você ou vê ou se lembra de algo engraçado e bate aquela vontade de rir, mas também tem que segurar.
Sem dizer daquele momento em que seu chefe, de mau humor, te dá uma bronca daquelas, injustamente, e a sua maior vontade é de xingá-lo ( para não dizer outra coisa... ), entretanto, você engole aquele sapo e deixa quieto.
Enfim, passamos por cada situação em que temos que nos conter, superar nossos instintos e seguir com as leis da sociedade... mas como é difícil!!!!

Outras percepções de vida

Ontem tive uma aula com um amigo da faculdade sobre os indígenas. O que foi muito interessante, com direito a música e dança, as quais explicavam os rituais por conta de passagens da vida, como: nascimento, vinda da chuva, do sol, a morte.
É engraçado, pois desde o primário aprendemos sobre os índios, seus costumes, suas tradições.... porém, com o passar dos anos, vamos nos preocupando em cumprir cada vez mais nossas obrigações ( de nossa sociedade consumista, hierarquizada e cristã) que acabamos nos esquecendo desse aprendizado tão importante e enriquecedor.
Fiquei impressionada com tantas histórias e costumes diferentes dos nossos, como o de se enterrar uma criança viva quando ela nasce com algum problema físico. Tal caso, para nós, gera até um desconforto, tamanha crueldade. Porém, para eles, não passa de um pensamento de que se a criança veio com algum problema, é porque não era a hora de ter vindo.
Outra coisa surpreendente foi a descoberta de que em uma tribo indígena não há hierarquias, pois eles acreditam que cada um é dono de si próprio e portanto, não há ninguém melhor ou pior, apenas há pessoas com habilidades diferentes, como por exemplo: há aquele que é bom na pescaria; há aquele que é bom para fazer artesanato; há aquele que é bom para caçar e por ai vai....
Portanto, aprendi que o cacique não é o “ chefe” dos índios, como sempre é apresentado em filmes e desenhos animados. Mas sim alguém com alta capacidade de passar conhecimento da natureza.
Também foi falada a questão das diferenças entre as tribos. Diferenças de ritmos, sons e até mesmo de convivências, o que as caracterizam.
Após um tempo de conversa, parei e pensei: quantas tribos, quantos grupos existem que nem imaginamos a sua existência?
E assim senti "o peso" de vivermos numa vida tão corrida e de estarmos tão infiltrados num sistema, que não paramos para olhar a nossa volta e vermos que existem outras formas de se viver.